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sábado, 15 de agosto de 2009

Baghavad Gita - Capítulo IV

“ A VERDADEIRA NATUREZA DO ESPÍRITO”

“... Esta fraqueza, indigna de um homem, faz-te infeliz, pois te fecha as portas do céu”, diz Krishna cheio de amor, piedade e compaixão, para o confuso Arjuna reputado pela divindade como “ vencedor de inimigos”.

Mas Arjuna está , a seu modo, cego, eis que confuso; sem decidir-se, pois tem orgulho e piedade pelos seus vícios, aos quais ainda nutre respeito e apegos. Julga-se incapaz de lutar contra Bhishma e Drôna, que juntos representam uma aterradora e exímia força na arte da guerra ( Drôna é seu antigo professor das artes militares que luta ao lado dos Kuravas).

“Luta contra os Kuravas” – incita Krishna, pois sabe que vencer esta batalha é o modo para alcançar o Caminho da Luz. E instrui seu amigo sobre a natureza e a eternidade do Espírito que segue através de reencarnações (Palingenesia, do grego “Palin”, novo; “Genesis”, nascimento), utilizando-se de vários corpos durante a jornada de evolução.

Mais que isto, afirma: ” Sabe, ó príncipe Pându, que nunca houve tempo em que não existíssemos Eu ou tu, ou qualquer destes príncipes da terra; igualmente, nunca virá tempo em que algum de nós deixe de existir”, ensinando sobre a eternidade do verdadeiro ser que independe de seu corpo pois que é a expressão material do Uno Eterno.

Garante que, pelas faculdades mentais, os sentidos conferem “o sentimento do calor e do frio, do prazer e da dor. Mas estas mudanças vêm e vão, porque pertencem ao que é temporário, impermanente, inconstante. Suporta-as com equanimidade, valentia e paciência, ó príncipe! O homem que não se deixa mais atormentar por essas coisas, - que se conserva firme e inabalável no meio do prazer e da dor, - que possui a “verdadeira igualdade de ânimo: esse, crê-me, entrou no caminho que conduz à imortalidade.

Aquilo que é irreal, ilusório, não tem em si o Ser Real, não existe na realidade, e sim só na ilusão; e aquilo que é o Ser Real, nunca cessa de ser (...)” O corpo é transitório, enquanto o Ser é Eterno.

Ensina, pois, o Condutor dos corpos, como se obter o conhecimento para a condução dentro do caminho da imortalidade e da liberdade espiritual: Pela Yoga (União), como doutrina filosófica e prática da meditação, e através da escolha da reta ação nascida do reto pensar, que compreende a tomada da ação sob a indiferença quanto ao seu resultado, desprendida e acima das ilusões. O fazer pelo dever.

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